Atenção às falácias e identificação de riscos: ações que ajudam as empresas no retorno às atividades

Publicado em 27/05/2020

Com a retomada das atividades das empresas ou a continuidade para aquelas que não puderam parar durante a pandemia, as precauções sanitárias serão de absoluta relevância, pois, como já havia sido tratado no artigo anterior, passam a integrar o "novo normal". Assim, incluímos algumas dicas adicionais em relação às precauções sanitárias. Veja abaixo. 

Atenção às falácias

Ações com o objetivo de prevenir o contágio da Covid-19 no ambiente de trabalho, mesmo que na melhor das intenções, podem levar a entendimentos e efeitos falaciosos. Na estruturação do protocolo de retorno, é fundamental que os riscos sejam adequadamente mensurados e avaliados em toda sua extensão, não apenas quanto à finalidade pontual da ação.

Por exemplo: muito se fala – e já há até casos em aplicação – da reestruturação dos espaços de trabalho nos escritórios, o que é positivo, mas há que se cuidar de aspectos paralelos. Imaginando um edifício de escritórios, medidas assim terão pouco resultado se nada for feito em relação ao controle de fluxo de pessoas em elevadores, áreas comuns, refeitórios e copas. 

O distanciamento das estações de trabalho pressupõe a ampliação do espaço como um todo, podendo levar ao aumento dos custos com aluguel. Isso vai na contramão das principais estratégias das empresas, o que pode inviabilizar o negócio. 

É sensato considerar que a implementação de ações nesse sentido devem ser agregadas a outras medidas, como a adoção de home office, mesmo que em bases alternadas – dois ou três dias por semana, revezando entre os colaboradores. Essa alternância possibilitaria a redução do fluxo de pessoas, diminuiria as aglomerações e contribuiria para a eficácia da ação do espaçamento das estações de trabalho. 

Calcule os riscos

Muitas empresas já adotam metodologias e abordagens sofisticadas para estruturação de seus procedimentos e controles operacionais. Para identificar e mensurar possíveis perigos, uma das alternativas é ordená-los em matrizes de riscos. 

Os riscos associados a contágios devem passar a fazer parte desses processos. Ou seja, devem também ser identificados, avaliados e mensurados para integrar as respectivas matrizes de riscos, ajudando a estruturar os controles para mitigação ou redução de ocorrências. 

As justificativas e motivações para tanto são muitas. Podem envolver desde aspectos que possam abalar a imagem das empresas diante dos colaboradores, clientes e fornecedores até impactos diretos na continuidade das operações, como em uma eventual interdição pelas autoridades sanitárias em função do alto índice de contágio.